quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo






Grupo reunido à entrada do MAC Ibirapuera


Endereço

Local da visita: MAC USP Ibirapuera

Endereço: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3° piso - (Prédio da Bienal)
Parque Ibirapuera
04094-000 - São Paulo - SP – Brasil
Tel: 55 11 5573.9932
Estacionamento no Parque do Ibirapuera com Zona Azul





MAC Ibirapuera


Sede da Cidade Universitária

Rua da Reitoria, 160 11 3091.3039



Sede do MAC USP – Cidade Universitária




Mapa de localização do MAC na cidade universitária

Horários:Terça a Domingo das 10 às 18 horas
Segunda-feira: fechado


Site:
www.mac.usp.br


(Postado por Alessandra- nº 1 – 6D)
Histórico




Ciccillo e sua mulher Yolanda
http://www.coresprimarias/.com


O MAC USP foi criado em 8 de abril de 1963, quando foi feita a
transferência das obras do Museu de Arte Moderna (MAM/SP) à Universidade de São Paulo, na gestão do reitor Ulhôa Cintra. Na herança do MAC USP além desse primeiro acervo, estão obras que vieram de coleções particulares, como a do Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho, Ciccillo, e de sua esposa D. Yolanda Penteado, bem como a doação de obras internacionais realizada pela Fundação Nelson Rockfeller e prêmios das Bienais Internacionais de São Paulo. Obteve reforços e estímulos através do MoMA de Nova York, inclusive com doações dos americanos de obras de artistas como: Alexander Calder, Max Ernest, Fernand Legér e Marc Chagall (doação de Nelson Rockfeller). Os conflitos entre a diretoria do MAM e Ciccillo levaram o empresário a doar seu acervo à Universidade de São Paulo, após a extinção do MAM, com a promessa de que o acervo ganharia sede própria no campus da cidade universitária. Os membros do conselho do MAM conseguiram reaver a sua personalidade jurídica e em 1969 o museu retomou suas atividades regulares na Marquise do Parque do Ibirapuera.
Em sua fase inicial, o museu funciona no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, onde são realizadas as Bienais.
Ao ser inserido na Universidade de São Paulo, o MAC passou a enriquecer a universidade, tendo um caráter educacional e formador, dirigido por professores universitários. Juntou-se a este acervo 26 obras da artista Yolanda Mohalvi e a coleção Theon Spanudis (364 obras). Seu primeiro diretor foi Walter Zanini. Em 1985, a diretora Aracy Amaral estimulou a criação dos Amigos do MAC USP (AAMAC) para arrecadação de fundos.É um dos mais importantes museus de arte moderna e contemporânea da América Latina. Seu acervo possui cerca de dez mil obras, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais, de mestres da arte do século XX como Picasso, Matisse, Miró, Kandinsky, Modigliani, Calder, Braque, Henry Moore, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Volpi, Brecheret, Flávio de Carvalho, Manabu Mabe, Antonio Dias e Regina Silveira, entre tantos outros.

A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, nas décadas posteriores à sua fundação. A contemporaneidade será a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas, colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do acervo do Museu. Já o século XXI chegou trazendo novos desafios. O Museu recebeu recentemente, por determinação judicial, a guarda e a administração provisória de 1478 obras da coleção do Banco Santos, que abrange um significativo conjunto de fotografias contemporâneas, cobrindo assim, uma lacuna no acervo da Instituição.
Com sede no Campus Central da USP (construída em 1985), além de seu espaço histórico no Pavilhão Ciccillo Matarazzo (MAC Ibirapuera), o MAC USP é espaço de pesquisa, de formação educacional e de informação, além de servir de laboratório à primeira experiência museológica brasileira voltada a produção contemporânea. Apesar de estar ligado à pesquisa universitária, o principal objetivo do Museu tem sido tornar a cultura acessível a todas as classes sociais. Assim, o MAC realiza exposições com obras de seu acervo, oferecendo ao público os mais variados recortes e amplas possibilidades de percursos e leituras pela arte moderna e contemporânea. Conta também com um permanente corpo de docentes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas científicas e cursos de graduação e pós-graduação.

Está prevista para maio de 2010 a mudança do MAC (Ibirapuera e Cidade Universitária) para um novo prédio (a antiga sede do Detran), espaço integrado ao Parque do Ibirapuera.



Referências:

Coleção MAC collection/ Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo –São Paulo -2003

Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo; Guia de Museus Brasileiros; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora da Universidade de São Paulo, 2000.

(Postado por Isabella nº11 e Letícia Piza nº 16 -6D)
Programação


O MAC oferece ao público, nos três edifícios que ocupa ­ um no Parque Ibirapuera e dois na Cidade Universitária ­ diversas atividades e serviços como: disciplinas optativas para graduação, cursos de extensão cultural, atividades de ateliês, visitas orientadas, biblioteca, site na Internet, loja e restaurante.

Atividades

Divisão de Pesquisa - Teoria e Crítica da Arte
A Divisão de Pesquisa em Arte - Teoria e Crítica da Arte pesquisa e estuda o acervo e os rumos da Arte Moderna e Contemporânea em todas as suas dimensões; organiza curadorias das exposições do acervo e temporárias; produz catálogos, livros, cds e outras formas de distribuição de informação sistematizada sobre a coleção, sobre o Museu e sobre a arte atual além de desenvolver a programação anual das atividades da Divisão e elaborar o relatório anual dos trabalhos executados.


Divisão Técnico-Científica de Acervo
A Divisão Técnico-Científica de Acervo zela pelo estado físico do acervo e sua valorização; organiza a sua documentação e arquivos; projeta o trabalho museográfico e da comunicação visual dando suporte ao preparo das exposições e ao estudo do acervo além de desenvolver a programação anual das atividades da divisão e elaborar o relatório anual dos trabalhos executados.


Divisão Técnico-Científica de Educação e Arte
A Divisão Técnico-Científica de Educação e Arte planeja, administra e executa atividades voltadas para o ensino na graduação, pós-graduação e extensão universitária do Museu; elabora e desenvolve projetos nas áreas de Educação e Artes MAC USP, dirigidos à pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior e educação especial, de rede pública e particular, e à comunidade em geral interessada na área; elabora material de apoio relativo ao ensino e aprendizagem da arte, além de desenvolver a programação anual das atividades de Divisão e elaborar o relatório anual dos trabalhos executados.


Laboratório de Conservação e Restauro de Papel
Executa tarefas de análise e diagnóstico das obras do acervo de papel que devem ser conservadas e restauradas, apresentando propostas de tratamento a partir de consultas com áreas afins. Após diagnósticos, apresenta laudos e programas de execução da tarefa específica, indicando recursos físicos, materiais e financeiros necessários para a execução dos trabalhos de conservação ou restauração já propostos. Elabora planejamento de conservação preventiva do acervo, evitando danos ou reparos freqüentes. Colabora com as demais atividades do museu, quando necessário, ao assessorar e coordenar projeto museográfico atividades de pesquisa, divulgação e extensão.


Laboratório de Conservação e Restauro de Pintura e Tridimensionais
Executa tarefas de análise e diagnóstico das obras do acervo de pintura e escultura a serem conservadas e restauradas, apresentando propostas de tratamento, a partir de consultas com áreas afins. Após diagnósticos, apresenta laudos e programas de execução da tarefa específica, indicando recursos físicos, materiais e financeiros necessários para a execução dos trabalhos de conservação ou restauração já propostos Elabora planejamento de conservação preventiva do acervo, evitando danos ou reparos freqüentes. Colabora com as demais atividades do museu, desde que suas habilidades sejam requeridas, assessorando e coordenando atividades de pesquisa, divulgação e extensão, pertinentes ao museu.

Setor de Museografia
O Serviço de Museografia é responsável pelo desenho das exposições, sua produção, montagem e por todos os seus correlatos em matéria de extroversão. São de sua responsabilidade o desenho e a produção geral para as exposições. Ocupa-se também da sinalização predial, do desenho de equipamento para exposição e do bem-estar das obras, seja da coleção, seja das que estão em trânsito, manejados para os mais diversos fins, o que colabora com os de mais técnicos responsáveis pela pesquisa, difusão, conservação e catalogação de obras do acervo. O gerenciamento dos espaços de exposição é a atribuição que complementa as outras, porquanto faz por garantir a qualidade constante da área de exposição do MAC USP e demais projetos de difusões além de controlar a produção e o fluxo da documentação já referida.

Projetos


Cartazes Artísticos
Cartazes são registros que têm a função social de noticiar e divulgar acontecimentos, num híbrido de estética e publicidade. A Coleção de Cartazes da Biblioteca do MAC é formada por cartazes de Exposições de Artes Plásticas, em número sempre crescente. Desde sua origem, a coleção se forma à medida que os cartazes, de diversas procedências são doados à Biblioteca. O projeto de visibilidade da Coleção, mostra neste espaço uma parcela deste Acervo através de referências bibliográficas e a foto do cartaz correspondente. A Coleção pode ser consultada pelo
banco de dados Dedalus, digitando-se a palavra Iconografia.


Arte do século XX/ XXI - Visitando o MAC USP na Web
Através de uma viagem virtual pela coleção, conheça os artistas-atores e as obras-personagens da Arte do século XX e XXI. "Acervo do MAC - on line" é parte do projeto Integrado de Pesquisa apoiado pelo CNPq, de natureza multidisciplinar, envolvendo a História da Arte do século XX e XXI, Museologia e Informática, visando de um lado um sistema de bases de dados e de outro hipertextos na internet, dando visibilidade às obras da coleção do MAC USP.
"Arte do século XX e XXI, Visitando o MAC na Web" é uma das resultantes. Trata-se de uma História da Arte do século XX e XXI, a partir das obras e de seus artistas, da coleção do MAC USP, dividida em módulos.

Clique para acessar o site
Arte do século XX/XXI - Visitando o MAC na Web

MEL - Museu, Educação e o Lúdico
O Programa Museu, Educação e o Lúdico (MEL) tem por objetivo pesquisar a criação e a exploração de estratégias lúdicas no processo de ensino e aprendizagem da arte durante visitas orientadas em exposições didáticas organizadas para o público infantil e para professores. Entre os objetivos estão: desenvolver uma metodologia lúdica na educação em museu de arte para o público infantil, visando a criação de experiências significativas; desenvolver curadorias e materiais didático-lúdicos; resignificar para as crianças a experiência de uma visita a museu e dessa forma estimular o desejo de voltar a este e a outros espaços culturais; ampliar, com qualidade, o tempo de permanência ativa das crianças e de pré-adolescentes nas visitas orientadas; desenvolver a formação de professores para o uso da metodologia proposta; fazer parcerias com escolas públicas e promover itinerância das exposições já organizadas.

Poéticas do Processo
O acervo de Arte Conceitual do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo é importante pela relevância de seus artistas e obras. Considerando a escassez de informações existentes, estão disponíveis neste projeto informações sobre artistas e obras pertencentes à coleção do MAC USP. Existe ainda uma cronologia de exposições conceituais realizadas no MAC USP, nos anos 70, assim como os links para outras informações. O objetivo é atualizar o site com novos textos, verbetes e imagens de obras.

Interar-te
O programa Interar-te proporciona momentos de integração entre crianças, jovens e seus acompanhantes adultos – familiares ou amigos – através de atividades lúdicas motivadas pelas exposições em cartaz no MAC USP.Atividade gratuita

Poéticas Visuais em Interação
Programa centrado em atividades diversas de ateliê de arte contemporânea, voltado para público de estudantes, jovens artistas, arte-educadores e profissionais de áreas afins, com experiência prévia em artes, interessados na elaboração e desenvolvimento de poéticas pessoais a partir de estudos das poéticas de artistas selecionados do acervo do MAC-USP, numa perspectiva dialogal, interativa. Uma mostra de extroversão da produção desse ateliê encerra a programação anual.

Lazer com Arte para Terceira Idade
Desde 1989 o Museu de Arte Contemporânea da USP oferece o Programa Lazer com Arte para a Terceira Idade (LAPTI), aproximando esse público da arte moderna e contemporânea através, sobretudo, de atividades práticas em ateliê e visitas às exposições do acervo do Museu. A partir da contextualização e de uma apreciação mais acurada, obras e artistas selecionados tornam-se referenciais para a reinterpretação, transformação e interação criativa que vão ajudar na construção das poéticas visuais de cada um dos participantes.

Publicações MAC USP - Mapeamento
Este projeto tem como objeto de trabalho uma importante parcela do acervo da Biblioteca do MAC: a dos catálogos, livros e folders realizados pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. O Mapeamento reúne e apresenta todas essas publicações sobre exposições, e eventos do Museu em ordem cronológica, desde sua fundação, em 1963, até 1989, estando em vias de conclusão o período dos anos 90 até a atualidade.

Com esse mapeamento, o projeto procura facilitar consultas e pesquisas sobre o MAC, sobre artistas, e movimentos artísticos, e também, resgatar e preservar esse acervo bibliográfico.

Além da apresentação das publicações em forma panorâmica, existe a possibilidade de acessar os dados de cada catálogo individualmente, com informações mais específicas sobre eles, como a relação completa de artistas de exposições coletivas, de autor ou autores dos textos críticos, fornecendo, ainda, o local e a data do evento, o número de páginas, o idioma da publicação, e a existência ou não de ilustrações coloridas ou em preto e branco.

A próxima etapa deste projeto será acrescentar ao mapeamento os textos dos catálogos na íntegra.


MAC Virtual
O MAC Virtual é um projeto que integra a arte à tecnologia digital. Este projeto visa a criação de um site cultural, capacitado a estruturar, divulgar e projetar a importância do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e as atividades oferecidas pelas Divisões Técnico-Científicas do Museu (Acervo, Educação e Arte, Pesquisa – Teoria e Crítica de Arte, Museografia, Laboratórios e Biblioteca).
Multiplica informações em diferentes idiomas (português, espanhol e inglês), consultas, estudos e entretenimentos. A pesquisa associada ao projeto MAC Virtual procurará obedecer aos padrões e critérios de referência e interatividade, coerentes com a excelência universitária e o objetivo do MAC USP como órgão de integração.
Além da navegação pelo acervo virtual, serão colocadas à disposição do usuário aplicações em três dimensões, visitas virtuais através de imagens digitais de alta qualidade e textos com efeitos materiais de multimídias. O MAC Virtual prevê a organização de três eixos: tornar visível a ação do acervo, laboratórios, projetos e demais atividades do MAC USP (Museu Universitário); o seu campo experimental com pesquisas, curadorias e criações (Museu Experimental); e a interatividade lúdica e educativa (Museu Lúdico).
Desse modo, o MAC Virtual possibilita conexões entre arte e tecnologia, que servem como plataforma e interfaces para as pesquisas, tanto na área da tecnologia digital como nas áreas artísticas e museológicas. Como resultado, pressupõe-se a elaboração de um museu virtual repleto de conteúdos para as novas epistemologias, reflexões estéticas contemporâneas e fomentos educacionais, aumentando o potencial do MAC USP como "museu-fórum" e espaço aberto a novos diálogos.
Biblioteca

BIBLIOTECA LOURIVAL GOMES MACHADO
A Biblioteca do MAC USP, fundada juntamente com o museu, recebeu, em sua criação, doado pela USP, o acervo de livros que pertencera ao pintor Paulo Osir. Em 1969, o Conselho Administrativo decidiu que a biblioteca teria o nome de Lourival Gomes Machado, homenageando um dos primeiros professores a ministrar cursos de História da Arte na USP. Em 1971, a então Biblioteca Lourival Gomes Machado foi cadastrada no Conselho Regional de Biblioteconomia – CRB/SP e em 1973 obteve cadastro no Instituto Nacional do Livro.


ACERVO DA BIBLIOTECA

6400 livros sobre artes plásticas 18 títulos de periódicos correntes27000 slides32000 catálogos de exposição1400 pastas de recortes de jornais sobre os artistas do acervo de obras de arte.A Coleção de livros e de títulos de periódicos está cadastrada no Banco Dedalus do Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBi.

Exposições
O MAC realiza também uma série de exposições temporárias, com obras de artistas brasileiros e estrangeiros, novos e consagrados, que não pertencem ao seu acervo. Torna-se assim, um espaço para a experimentação e para o surgimento e discussão de novas tendências e novos caminhos da arte contemporânea.


Referências Bibliográficas:


http://www.mac.usp.br/

http://www.wikipedia.com/


(Postado por Iris nº10 e Letícia A.º15 -6D)






Acervo do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo

O acervo do MAC não está todo exposto, pois é composto por aproximadamente 10 mil obras armazenadas no MAC-USP.
O acervo do MAC-USP é composto por mais de 50% de obras sobre papel, as quais abrangem diversos períodos da produção dos séculos XX e XXI, em alguns casos como as únicas representantes de artistas presentes no acervo do museu, registrando também uma gama ampla de tendências estéticas. As chamadas Vanguardas Européias, por exemplo, estão representadas pelos expressionistas: Georg Grosz, Kathe Kollwitz, Kubin, Otto Pankok, mas também há gravuras de Picasso, Klee, Morandi, Le Corbusier, Chagall e Picabia entre outros, além de obras que compreendem diferentes técnicas sobre papel, como desenhos, aquarelas, fotografias, colagens, óleos, guaches, livros de artistas e obras de caráter documental-conceitual. Na coleção de artistas internacionais, podemos destacar ainda a litografia “A Santa da Luz Interior” de 1921/22, de Paul Klee (obra que fez parte da exposição Arte Degenerada de 1937) e os trabalhos de Picasso, uma rara série litográfica datada da 2ª metade da década de 40.
A coleção de artistas brasileiros compreende obras de Tarsila do Amaral, Oswaldo Goeldi, Lasar Segall, Lívio Abramo, Renina Katz, Alfredo Volpi, Marcello Grassmann, Anna Bella Geiger, entre muitos outros, com uma ênfase especial aos trabalhos de Di Cavalcanti, dos quais o acervo do museu compreende 564 desenhos (o mais antigo da coleção data de 1921, e a coleção segue, ano a ano, até 1964). Parte dessa coleção constava numa primeira seleção para a exposição do Gabinete de Papel, porém devido à sua importância, a coleção foi retirada da exposição para que pudesse ser contemplada individualmente, numa outra ocasião. Também é preciso destacar uma série de desenhos de Flávio de Carvalho, Série Trágica – “Minha mãe morrendo”, de 1947, que embora não faça parte do acervo do Gabinete de Papel, é constantemente exposta no MAC, e também uma série de exercícios e estudos (que consta no Gabinete) realizada por diversos artistas, como estudos dos freqüentadores do ateliê do Edifício Santa Helena, quase cem desenhos de Mario Zanini, Penacchi e ainda cadernos de estudos de Flexor e estágios de gravuras e desenhos de Geraldo de Barros, entre muitos outros. O acervo do Gabinete é, indiscutivelmente, um representante muito importante e muito rico de nossa arte moderna.
No momento, as obras expostas no MAC-Ibirapuera são pequena parte da coleção Renault conhecida e apreciada mundialmente. Estas obras se distinguem entre contemporâneas, abstratas e cinéticas, geométricas. Dentre elas observamos fotografias, pinturas, desenhos e esboços, máquinas, mecanismos e estruturas compostas por material elétrico, esculturas formadas por diversos objetos, montagens e colagens de fotografias, imagens.
Multiplicador do saber e da excelência do próprio acervo, sempre acompanhando os desafios sociais, o MAC-USP é uma grande sala de aula, laboratório e espaço aberto a todas formas de diálogo e criação que expressem a densidade da arte contemporânea - ponte para todos os processos que envolvem a vida do homem atual, espaço para todas as linguagens, poéticas e ousadias.



"O mistério é a arte desse século.

Quem a fez? O que ela é?

O momento futurista torna-se o momento presente.

Você está nele".

John Cage


Alguns depoimentos sobre o MAC


Ciccillo Matarazzo Sobrinho, fundador do MAM-SP e do MAC/USP - SP..
"Devo confessar que, quando comecei, era o acadêmico mais acadêmico de todos. Gostava de pintura clássica, de tudo o que se parecesse o mais possível comigo. Depois comecei a ver a evolução da arte."

Giannandrea Matarazzo,sobrinho de Ciccillo Matarazzo.
"O Ciccillo, pelo que eu conheci, nunca deixou de ser um acadêmico. Mas como ele era um homem muito avançado em tudo, achava que a arte devia se modernizar. A personalidade dele era muito forte e as idéias dele não eram muito facilmente mutáveis".

Ana Mae Barbosa, ex-diretora do MAC/USP
."A criação do MAC representou para a USP o primeiro real contato com as artes, foi a primeira manifestação de arte dentro da universidade. Só depois foi criado o ensino da arte".

Agnaldo Farias

"O museu permite para um jovem artista, não só ao público leigo, aprender com as obras que lá estão. Como a discussão de gestos, por exemplo, que é tratada em quadros de Appel e de Iberê Camargo. Ou como as questões de espaço, fundo e figura são tratadas na tela de um Morandi... Não existe um meio artístico consistente sem um museu. Lá você tem, de uma forma muito bem definida, bem acabada, o raciocínio de artistas que são verdadeiros pensadores visuais do nosso século. O MAC é um museu fundamental. Ele tem, possivelmente, o melhor acervo de arte moderna de toda a América Latina."

Tadeu Chiarelli.
"Por mais que pareça estabilizado aquilo que foi moderno e aquilo que não foi moderno no Brasil, eu acho que é ainda uma questão para ser discutida. Eu acho que um dos modernistas mais radicais no acervo é, sem dúvida alguma, a Anita Malfatti em sua fase expressionista. Eu acho que 'A Boba' e os desenhos são fases significativas. E o Flávio de Carvalho é um grande modernista".
Renina Katz
"São poucos os lugares onde você encontra uma concentração tão grande e de obras tão boas como o MAC. É realmente um privilégio a gente ter uma gravura de Käthe Kollwitz. Ela é a mãe, a avó, a guru do expressionismo dos artistas da minha geração. Tem o Hayter, que deu toda uma inovada na técnica da gravura em metal, e tem os brasileiros, todos maravilhosos".

Aracy Amaral
"Eu acho que a importância da coleção brasileira do MAC nunca vai ser suficientemente enfatizada. É a única coleção em um museu que é especificamente de arte brasileira do nosso tempo".


Ana Mae Barbosa
Os programas de educação são fundamentais para isso, para a entrada de todas as classes sociais no museu. Imagine a gama da população que fica afastada do usufruto da arte"..

Lisbeth Rebollo Gonçalves
"O MAC é um espaço do artista por excelência. Não só do artista visitando para reler a obra, mas do artista presente com ateliês dentro desse museu"..

Agnaldo Farias.
"Considerando que a arte trabalha com a fronteira do próprio homem, com a fronteira do que ele percebe, do que ele é capaz de expressar, essa ampliação fala da ampliação do próprio homem, do ser do homem mesmo".


Referências Bibliográficas

http://www.mac.usp.br/

www.tvcultura.com.br/.../artes/macusp/index.htm



(Postado por Marina K. n° 24 e Talita H. n° 30 - 6ªD)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alguns artistas e obras do acervo do MAC

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo –
Di Cavalcanti






Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1897
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1976

Começou a pintar em 1917. Suas obras oscilaram entre o impressionismo, o simbolismo e o expressionismo. Após a Semana de 22, morou dois anos em Paris, onde entrou em contato com obras de Picasso, Matisse, Legér, e De Chirico. Na sua volta ao Brasil, conciliou as influências recebidas com a formulação de uma linguagem pessoal, com a adoção de temática nacionalista e preocupação com a questão social, com a forte presença da linha, atuando como elemento definidor que dá corpo às figuras e, ao mesmo tempo, estrutura o espaço. Pode-se observar a constância de certas temáticas, como pescadores, barcos e retrato feminino.
O acervo do MAC compreende 564 desenhos de Di Cavalcanti, dos quais o mais antigo da coleção data de 1921, e a coleção segue, ano a ano, até 1964. Estes desenhos revelam aspectos pouco conhecidos de sua trajetória. Na verdade, Di Cavalcanti iniciou sua atividade artística como desenhista, produzindo ilustrações, charges e caricaturas. Além de sua participação na imprensa, em jornais e revistas diversas, ele ilustrou inúmeros livros. Os desenhos de Di Cavalcanti colocam-nos diante de um artista extremamente versátil, orientado pela experimentação e pela capacidade de responder às mais diferentes demandas.


Algumas obras de Di Cavalcanti no MAC





Emiliano Di Cavalcanti
Dança do Capital com a morte (Charge), 1950.
Nanquim s/papel.
mac.usp.br




Emiliano Di Cavalcanti
Barcos de pesca, s.d.
Óleo s/ tela 24,5x33,2cm
mac.usp.br




Emiliano Di Cavalcanti
Marinha, 1949
Óleo s/ tela; 65x80,7cm
mac.usp.br





Emiliano Di Cavalcanti
Menino e natureza morta, 1951
Óleo s/ tela; 72,5x60,3cm
mac.usp.br





Emiliano Di Cavalcanti
O beijo, 1923
Têmpera sobre tela; 90,4x62,3cm
Doação MAMSP
mac.usp.br





Referências bibliográficas:


Coleção MAC collection/ Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo –São Paulo -2003

www.mac.usp.br/mac/


www.dicavalcanti.com.br/


http://www.suapesquisa.com/biografias/di_cavalcanti.htm



(Postado por Isabella – 6D nº 11)
Mario Zanini










Ao longo de seus 47 anos, divididos entre uma dura jornada de trabalho e sua paixão pela pintura, Mário Zanini documentou, com simplicidade e emoção, muitos dos aspectos e personagens que foram, paulatinamente, desaparecendo do cenário da cidade. Lavadeiras, banhistas ou regatas no rio Tietê são registros plásticos de que esta Paulicéia Desvairada já foi, também um dia, bucólica, provinciana e sobretudo humanamente habitada.
Filho de imigrantes italianos, Mário Zanini nasceu em São Paulo em 1907 e faleceu na mesma cidade em 1971. Cursou o primário num grupo escolar do Cambuci, bairro onde passou quase toda a vida.
Aos 13 anos, matriculou-se no curso de pintura da Escola Profissional Masculina do Brás, que freqüentou de 1920 a 1922. De 1922 a 1924 foi letrista da Companhia Antártica Paulista, no bairro da Mooca; desde 1922 fazia cópias de pinturas antigas, e em 1923 pintou sua primeira paisagem e após este período, frequentou curso noturno do Liceu de Artes de Ofícios (1924-26).
Em 1927 época que, trabalhando como mestre-decorador de residências, conhece Volpi seu vizinho no Cambuci. Em 1928 freqüenta por alguns meses o ateliê do alemão G. Elpons.
Por volta de 1934, passa a dividir com Rebolo uma sala alugada no Palacete Santa Helena, a fim de facilitar a contratação de serviços de pintura e decoração. Meses depois, muda-se para uma sala ao lado, que viria a dividir com Manoel Martins e Clóvis Graciano. É desta convivência cotidiana e afinidade de interesses que surge o chamado Grupo do Santa Helena, núcleo central dos futuros salões da Família Artística Paulista, a FAP, e da OSIRARTE, ateliê-oficina de azulejos artísticos, comandado por Rossi Osir.
Desde 1934 participava de coletivas, e em 1939, expondo no II Salão da Família Artística Paulista, recebe de Mário de Andrade, a seguinte crítica: «Este meu xará foi para mim uma revelação. É difícil diagnosticar se a diversidade de seu atual manejo do pincel indica riqueza ou indecisão, mas pressinto nele o estofo de um grande paisagista.»
Como paisagista, Zanini interpretou, com simplicidade e emoção, a natureza nas imediações de São Paulo.
O ano de 1940 é de muita atividade e progresso: Zanini, expondo na Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes, recebe a medalha de prata (ganharia o prêmio de viagem ao país em 1941).
Zanini realizou pouquíssimas individuais, sendo que a primeira deu-se em 1944, na Livraria Brasiliense; a segunda ocorreu em 1962, na Casa do Artista Plástico de São Paulo e agrupava 81 pinturas; a terceira teve lugar em Porto Alegre, na Galeria Pancetti, em 1966.
A presença de Zanini se verificava invariavelmente nas coletivas, como o Salão Baiano de Belas Artes, a Bienal de São Paulo (1951 a 1955, 1959), o Salão Paulista de Arte Moderna (prêmio de viagem ao país em 1955), o Salão Paranaense de Belas Artes, etc.
Sua grande frustração foi a de nunca ter sido contemplado com o prêmio de viagem ao exterior. Por sua própria conta, viajou à Itália, na companhia de Volpi e Rossi Ozir, lá permanecendo de abril a outubro de 1950.
No início da década de 1950, ao retornar de uma viagem a Europa, encontra o cenário artístico do país consumindo-se no confronto abstração versus figuração. A fim de avaliar, então, o que tantos perseguiam, incursiona rapidamente pela abstração geométrica. Insatisfeito, no entanto, com tal experiência, retorna definitivamente à figuração, à temática social, ao exercício da pintura ao ar livre e do desenho com modelos vivos.
Mário Zanini também lecionou, a partir de 1968, na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (dez anos antes ensinara gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos), e participou, como jurado, de várias comissões de organização ou de seleção e premiação de certames artísticos.
Distante do litoral, sua presença como marinhista é menos constante, mas não menos notável. Enveredou pela natureza morta e, acidentalmente, fez algumas aproximações ao abstracionismo, sem nunca ter se fixado nesse gênero.
Sua pintura, ora se assemelha à de Volpi, ora à de Rebolo. O que, entretanto, o distingue dos demais integrantes do Grupo do Santa Helena e da Família Artística Paulista é o seu colorido, intenso, profundo, quase fauve: ao lado de Volpi, Zanini é, na verdade, um dos grandes coloristas da moderna pintura brasileira. Executou também cartões para azulejos, e teve no desenho e na gravura, naquele principalmente, meios expressivos de que fez uso com sensibilidade e inteligência.
Três anos após seu falecimento, a Opus Galeria de Arte realizou uma retrospectiva, reunindo 39 obras pertencentes a colecionadores e amigos. Coincidentemente, nesse mesmo ano, a familia de Zanini doou ao MAC-USP 108 obras envolvendo as várias fases do pintor. Isso permitiu que, em 1976, esse Museu realizasse uma consistente retrospectiva com 205 trabalhos seus, envolvendo pinturas, desenhos, gravuras e cerâmicas.

Cronologia


Pintor, decorador, ceramista, professor.
1920/1922 - Faz curso de pintura na
Escola Profissional Masculina do Brás.
1922/1924 - Trabalha como letrista na Companhia Antarctica Paulista.
1924/1926 - Curso noturno de desenho e artes no
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp.
1928 - Frequenta o ateliê de Georg Elpons (1865-1939).
1935 - Participa da formação do Grupo Santa Helena.
1936 - Participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo.
1937/1941 - Participa da Família Artística Paulista, fundada por iniciativa de Rossi Osir (1890-1959) e Vittorio Gobbis (1894-1968).
1940/1958 - A convite de Rossi Osir, trabalha na Osirarte, atelier especializado na arte do azulejo.
1947 - Estuda gravura no ateliê de Manoel Martins (1911-1979).
1950 - Realiza viagem de estudos para a Europa, em companhia de Rossi Osir e Alfredo Volpi (1896-1988).
1951 - Freqüenta o ateliê de Bruno Giorgi (1905-1993), dedica-se à cerâmica.
1958 - Freqüenta o ateliê de Angelo Simeone (1899-1974) e João Simeone (1907-1969).
1958 - Professor de gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos.
1968 - É contratado como professor de xilogravura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo.


Obras de Mario Zanini





Retrato de Hilde Weber , 1938
óleo sobre tela (54,5 x 46 cm)



Canindé, 1940

óleo sobre tela (32,8 x 46,3 cm)







Igreja de São Vicente, 1940
óleo sobre tela ( 33,3 x 45,8 cm)






Lutadores , 1943
óleo sobre tela (50,2 x 70 cm)






Casas, 1950
óleo sobre papelão (35,5 x 42,4 cm)





Casas , 1960
óleo sobre papel kraft (55 x 46 cm)




Referências

www.mac.usp.br
www.itaucultural.org.br/.../index.cfm?...

www.pinturabrasileira.com.br


(Postado por Marina nº24 -6D)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Umberto Boccioni

Auto-retrato
1882 - Reggio, Calábria, Itália
1916 - Sorte, Verona, Itália

O pintor e escultor Umberto Boccioni foi o mais importante teórico do Futurismo. Formou-se em Roma, com Gino Severini, no ateliê de Giacomo Balla, nos primeiros anos do século XX. Aprendendo a pintura neo-impressionista, tornou-se um mestre menor do divisionismo italiano. Fixou-se em Milão, onde conheceu Marinetti, em 1908, e, em 1909, aderiu ao Futurismo. Foi inovador na escultura, rompendo com a tradição de Rodin e procurando solucionar todos os aspectos da forma dinâmica na linguagem tridimensional. Suas esculturas ultrapassaram a questão do movimento absoluto para um movimento relativo, estabelecendo uma tensão e fusão da forma e do espaço, que se interpenetram. O movimento dinâmico de um corpo humano no espaço é estudado por Boccioni de forma intensiva. Fez quatro figuras em gesso, das quais apenas uma se conserva na coleção do MAC-USP. Trata-se da operação mais radical dos princípios do artista, envolvendo todos os aspectos da forma dinâmica: ação que trabalha a matéria, marcando o impacto como espaço, e em rebordos da matéria, sinuosos, côncavos e convexos, alterando as massas frontalizadas da cabeça - uma interpenetração mútua da matéria e do espaço que faz a massa escultórica fremir nas superfícies. Impregnada de movimento, tanto relativo como absoluto, a figura avança determinada no espaço do espectador. O artista conseguiu materializar o movimento aglutinado à forma que, sendo no espaço, é também um devir a ser continuum.




FORMAS ÚNICAS DA CONTINUIDADE NO ESPAÇO, 1913
BRONZE; 116.0 x 85.0 x 38.0 cm
DOAÇÃO MASP




FORMAS ÚNICAS DA CONTINUIDADE NO ESPAÇO, 1913
BRONZE; 116.0 x 85.0 x 38.0 cm
DOAÇÃO MASP


Referências Bibliográficas


www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/

(postado por Iris n°10 -6D)
Anita Malfatti

www.faap.br/.../images/anita_malfatti.jpg

Nascida no dia 2 de novembro de 1889, era filha de Samuel Malfatti e Betty Krung. Era americana, de família alemã, porém, quando pequena mudou-se para o Brasil, sendo assim sua nacionalidade brasileira.
Foi a primeira mulher brasileira a aderir ao modernismo, tendo grande influência do movimento. Anita também fez parte da Semana da Arte Moderna de 1922.
Ela durante sua vida foi pintora, desenhista, gravadora e professora.
Foi homenageada no MAC (museu de arte contemporânea) e no acervo do mesmo estão expostas três obras de Anita, as quais mostraremos a seguir.
Suas principais obras foram O Homem Amarelo, Torso/Ritmo, A Estudante Russa, A Mulher de Cabelos Verdes, O Farol, Ventania, Tropical, A Boba e Porto de Mônaco.
Faleceu no dia 6 de novembro de 1964.


Obras do acervo do MAC:



Porto de Mônaco, c. 1925/26
Óleo sobre Tela
54x64, 5 cm
Doação de Francisco Matarazzo Sobrinho




A Boba, 1925
Óleo sobre tela
61x 50, 6 cm
Doação MAMSP






Torso/Ritmo
1915/16



Referências Bibliográficas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anita_malfati



(Postado por Letícia A. nº15 -6D)
Giorgio De Chirico

Volos, Tessália, Grécia, 1888 - Roma, Itália, 1978

surrealismodoacaso.wordpress.com/galerias/

Nasce na Grécia, em 10 de julho de 1888, quando seu pai, de origem italiana, lá se estabelece como engenheiro. Sua formação artística acontece, inicialmente, na Escola Politécnica de Atenas, entre 1900 e 1906, nos cursos de Engenharia e Belas Artes. Após esse período, o artista reside em Munique (1906-1908), Roma e Milão (1909), Florença, Turim e Ferrara (1910) e Paris (1911-1915), retornando à Itália com o início da Primeira Guerra Mundial, da qual participa entre1915 e 1918. Neste período entrou em contato com Pablo Picasso (Salão de Outono e Salão dos Independentes).Esses constantes deslocamentos, que se repetem ao longo de toda sua vida, despertou no artista a nostalgia pela tradição clássica e o interesse pela arquitetura, seu encontro com Carlo Carrá , criou em definitivo a pintura metafísica - da estadia na Alemanha, recebe influencia do "paisagismo mitológico" de Böcklin e pela filosofia de Nietzsche. A permanência na Itália possibilita que aprofunde seu interesse à interpretação romântica do classicismo e ao interesse pela técnica renascentista, estimulando Max Ernest, Tanguy, Margritte e Dali. Nos anos de 1920 transferiu-se para Paris que leva-o ao contato com o ambiente de vanguarda (primeira exposição dos surrealistas). De Chirico fez também cenários para balés e óperas, ilustrou livros dos poetas surrealistas Jean Cocteau e Paul Éluard, além de ter escrito o romance Hebdomeros. Em 1974, foi eleito membro da Academia de Belas-Artes de Paris.



Fontes:
Helouise Costa e Elza Ajzenberg


Obras no MAC:




Giorgio De Chirico
O Enigma de um Dia, 1914
Óleo s/ tela 83,0 x 130,0 cm
Doação de Francisco Matarazzo Sobrinho

Giorgio De Chirico

Gladiadores com seus Troféus, c. 1927
óleo s/ tela99.2 x 78.7 cm
doação Francisco Matarazzo Sobrinho




Giorgio De Chirico
Gladiadores, c. 1935
óleo s/ tela74.7 x 59.8 cm
doação Francisco Matarazzo Sobrinho


Giorgio De Chirico

Natureza Morta, c. 1940

óleo s/ tela32.5 x 41.8 cm

doação Francisco Matarazzo Sobrinho


Referências bibliográficas:

http://www.mac.usp.br/

surrealismodoacaso.wordpress.com/galerias/

(Postado por Talita nº 30 -6D)

Aldo Cláudio Felipe Bonadei

São Paulo -1906 - 1974.



pinturabrasileira.com.br


De 1923 a 1928, Aldo Bonadei foi aluno de Pedro Alexandrino e freqüentador do ateliê do pintor italiano Antonio Rocco. Cursou desenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em 1925. No início da década de 30, frequentava a Academia de Belas Artes de Florença, Itália, e tem aulas com Felice Carena e Ennio Pozzi. Ao regressar, integrou-se ao Grupo Santa Helena e tornou-se membro da Família Artística Paulista, em São Paulo. Em 1949 lecionou na primeira escola de arte moderna de São Paulo, escola livre de Artes Plásticas.
É um dos fundadores da O.D.A. - Oficina de Arte, com Odetto Guersoni e Bassano Vaccarini. No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nídia Lícia e Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury. Em 1960, recebeu o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea e como premiação uma viagem ao exterior, recebida no 11º Salão de Arte Moderna de São Paulo. Em 1962, viajou para Lisboa.



Obras no MAC:


Aldo Bonadei
Paisagem, 1952.
óleo s/ tela, 60,4 x 80,5 cm Doação MAMSP
Coleção MAC USP




Aldo Bonadei
Natureza Morta, 1951
óleo s/ papel, 45,8 x 55 cm Doação MAMSP
Coleção MAC USP






(Postado por Letícia P. nº 16- 6D)
Alfredo Volpi


Lucca, Itália, 1896São Paulo, SP, Brasil, 1988

Alfredo Volpi nasceu em 14/4/1896 em Lucca na Itália. Com um ano veio morar no Brasil com os seus pais que se instalaram em São Paulo. Desde sua juventude gostava de brincar com tintas, criando diferentes cores. Por isso trabalhou como pintor de frisos, florões e painéis nas paredes das casas paulistas.





http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u615.jhtm



Estudou na Escola Profissional Masculina do Brás e trabalhou de marceneiro, decorador e até encadernador. Ao completar 16 anos, pintou sua primeira aquarela. Com 18 anos, criou a sua primeira obra de arte, usando tinta a óleo.Em 1925 iniciou sua participação em mostras coletivas. Em 1940 entrou para o Grupo Santa Helena, onde conheceu o pintor Ernesto de Fiori, ele teve grande influencia sobre Volpi.Na 2ª Bienal de São Paulo ganhou o prêmio de melhor pintor brasileiro. A partir daí, tornou-se um pintor famoso. Bienal de Veneza, várias retrospectivas (exposições com a obra do autor) em museus e galerias, precederam a exposição Volpi 90 anos, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no aniversário do artista, dois anos antes de sua morte.Ao longo de sua carreira, Volpi passou por várias fases, recebendo influência de vários pintores impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello. Volpi criou sua própria linguagem na pintura, dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas multicoloridas, que se tornaram sua marca registrada. As formas geométricas e as trocas cromáticas começaram nos anos 1970: Volpi preparava várias pinturas parecidas, alterando cores, no que os críticos definem como uma combinação inventiva.É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira moderna, expressa em seu trabalho Bandeiras e Mastros. Só pintava com a luz do sol.Como um pintor do Renascimento, fabricava as suas tintas, diluídas em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos naturais purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e ressecados ao sol.
Autodidata, descobriu uma maneira original e marcante de pintar. Na fase estática, com trabalhos feitos entre 1950 e 1955, predominam as fachadas planas de casas. A fase concreta, de 1955 a 1960, é marcada por elementos geométricos. De 1960 até sua morte fez representações de mastros festas juninas, bandeirinhas, fitas, formas circulares e góticas. Faleceu em 28/5/1988, São Paulo




Algumas obras de Volpi no MAC:




Alfredo Volpi,
Bandeirinha, 1958 Têmpera s/ tela
Coleção MAC-USP


Alfredo Volpi
Casas na Praia (Itanhaém), 1952 Têmpera s/ tela, 46,1 x 64,8 cm
Coleção MAC-USP









Alfredo Volpi
Casas de Itanhaém, 1948 Têmpera s/ tela, 65,2 x 81,5 cm
Coleção MAC-USP




Bibliografia







(Postado por Alessandra nº1 – 6D)

sábado, 10 de outubro de 2009

Exposição atual no MAC- Ibirapuera (11/9/2009 a 15/12/2009)
(visitada pelo grupo)



Uma Aventura Moderna – Coleção de Arte Renault




Período : 11/9/2009 a 15/12/2009



Local : MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso



Funcionamento: Terça a domingo das 10 às 18 horas
Entrada Gratuita

Esta exposição é parte do acervo de mais de 300 obras da montadora. São 96 trabalhos de 18 artistas - pinturas, desenhos, esculturas e recortes - produzidas e adquiridas entre 1967 e 1985 por meio de um sistema pioneiro de mecenato criado à época pela empresa, e reunidos no Brasil.
A mostra integra o calendário oficial do Ano da França no Brasil, uma iniciativa conjunta dos governos francês e brasileiro para promover o intercâmbio cultural entre os dois países. A curadoria é da historiadora Ann Hindry, à frente do acervo Renault desde 1996.
Artistas que marcaram a trajetória da arte no período, como Jean Dubuffet, Arman, Jean Tinguely, e Erró, entre outros, utilizaram o parque fabril da Renault como um grande laboratório/ateliê, onde puderam explorar novos materiais e utilizar a linha de montagem como fonte de inspiração e de colaboração,fazendo assim surgir novas formas de expressão.
A mostra está distribuída em quatro eixos - O Universo Industrial, A Atmosfera Dubuffet, Pintura Abstrata e Pintura Cinética, que visam destacar os principais estágios desse peculiar momento marcado pela parceria entre indústria e arte.Arman (1928-2005) junta em suas telas peças de carros, detritos, papéis e objetos como tomadas, resultando em um trabalho inusitado. Já o francês, Dominique Thiolat, é um adepto do abstracionismo de delicada variação de cores. Estão expostas alguns pintores famosos como o espanhol Joan Miró com o desenho Mulher Pássaro, de 1979, o húngaro Victor Vasrely,um dos fundadores da op art, e o francês Jean Dubuffet, que é homenageado com uma sala inteira.
A mostra está distribuída em quatro eixos - O Universo Industrial, A Atmosfera Dubuffet, Pintura Abstrata e Pintura Cinética, que visam destacar os principais estágios desse peculiar momento marcado pela parceria entre indústria e arte. Artistas distribuídos por núcleos:


O Universo Industrial - trabalhos de Arman, Jean Tinguely, Erró, Takis, Robert Rauschenberg, Robert Doisneau e George Poncet.

A Atmosfera Dubuffet – Jean Dubuffet

Pintura Abstrata – Joan Miró, Sam Francis, Roberto Matta, Pierre Alechinsky, Jean Fautrier, Dominique Thiolat e Henri Michaux.

Pintura Cinética – Julio Le Parc, Victor Vasarely e Niki De Saint-Phalle.







              Erró

              Recolocação do Empreendedor, 1986