quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Caboclinhos


Apresentação dos caboclinhos

Foto tirada especialmente para o blog Recife/Carnaval/2009 (Rogério e Getúlio).



Caboclinha

Foto tirada especialmente para o blog Recife/Carnaval/2009 (Rogério e Getúlio).




Definição: Caboclinho é uma dança do folclore popular brasileiro de origem indígena. Expressa um forte sentimento nativista. Homens, mulheres e crianças apresentam coreografias com ritmo marcado pelo estalido das preacas (espécie de arco e flecha de madeira). A música, leve e ligeira, é executada por pífanos, surdos e maracás, com reco-recos e ganzás.



Origem: indígena. São um dos componentes folclóricos mais importantes do carnaval nordestino, dos mais antigos bailados populares do Brasil.
Dança registrada em 1584 pelo Padre Fernão Cardim, em seu livro "Tratado e terra da gente Brasil", conta que "foi o padre recebido pelos índios com uma dança mui graciosa de meninos todos empenados com seus diademas na cabeça, e outros atavios das mesmas penas, que os faziam mui lustrosos e faziam suas mudanças (passos) e evoluções mui graciosas".
No Caboclinho vamos encontrar a presença do índio que, como primitivo dono da terra, mantém durante o carnaval as suas danças e lendas que contam a glória dos seus antepassados.
Desenvolveu-se no Nordeste. Ocorre, sempre durante o período carnavalesco, nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.


A palavra “Caboclo” é utilizada para designar o índio ou o cruzamento de índio com o branco.

“Caboclinhos” são os filhos dos caboclos.
Na fala popular são chamados de "cabocolinhos".


Os caboclinhos representam com a música e a dança característica, um drama que simboliza batalhas, caçadas e colheitas.

Como são as apresentações: em cada grupo o porta-estandarte é o primeiro a despontar, pode ser um ou mais de um, seguido de dois cordões paralelos de caboclos e caboclas.
No centro pomposos e majestosos o cacique (responsável pelas coreografias) e a cacica (ou mãe da tribo).
O desfile também conta com a presença:
Pajé (ou curandeiro, orientador espiritual do grupo);
Matruá (representa um feiticeiro);
Capitão (chefe de uma das alas);
Tenente (chefe da outra ala);
Perós (crianças da tribo) e dos caboclos de baque (orquestra).





Porta-estandarte
Foto tirada especialmente para o blog Recife/Carnaval/2009 (Rogério e Getúlio).




Caboclas

Foto tirada especialmente para o blog Recife/Carnaval/2009 (Rogério e Getúlio).


As danças ou evoluções variam de um grupo para outro.

São características essenciais do caboclinho: a dança guerreira, o cunho religioso propiciatório de boa colheita ou caçada e a recitação de versos heróico-nativistas.
Geralmente ocorrem em duas fileiras (cordões), podem trazer alas, com coreografias que representam situações criadas pelos mestres e brincantes. Os integrantes evoluem com agilidade, agacham-se, levantam-se e rodopiam nas pontas dos pés e calcanhares, em três momentos específicos: Guerra, Baião e Perré, determinados pela mudança do ritmo. Alguns grupos também apresentam o Toré ou Macumba, o Traidor (destaque das preacas marcando o ritmo), a Emboscada (disputa de dois grupos) e Aldeia (dança em círculo).


http://www.recife.pe.gov.br/pr/seccultura/fccr/cadastro/generico_24.php


A indumentária é composta por atacas (de pé e mão), saiotes e tangas, e confeccionada com penas (ema, avestruz, pavão e outras aves), lantejoulas, contas, búzios, espelhos, vidrilhos, cordas e sementes. Os adereços de cabeça são bastante diversificados: cocares, capacetes, cabeleiras, diademas, girassóis e leques, decorados com penas e lantejoulas, colares de contas e sementes no pescoço e pequenas cabaças na cintura. Apresentam-se descalços.



Indumentária
Foto tirada especialmente para o blog Recife/Carnaval/2009 (Rogério e Getúlio).




http://www.recife.pe.gov.br/pr/seccultura/fccr/cadastro/generico_24.ph




Música: normalmente instrumental, alguns grupos recitam versos ou loas. O baque é composto por caracaxás (maracás ou exeres), surdo e inúbia (flauta ou gaita), atabaque e caixa


Fique de olho: os caboclinhos passam, quase que em disparada pelas ruas do centro e subúrbio ao som de um pequeno conjunto e da marcação das preacas que produzem um estalido característico na percussão da seta contra o arco, com seus estandartes esvoaçantes e a beleza de suas fantasias.

Aonde podemos assistir os caboclinhos: tradicionalmente os Caboclinhos se apresentam em Recife, Olinda, Nazaré da Mata, Carpina, Tracunhaém, Camaragibe, São Lourenço, Paudalho e nos estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
No Sul, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, essa modalidade é chamada de Caiapó, com algumas modificações. Há um enredo com rapto e resgate de um pequeno indígena, além do abandono dos instrumentos de sopro, que são substituídos por tambores, caixa, pandeiros e reco-recos.


Links:

http://www.youtube.com/watch?v=ToTYGXB2eiE

http://www.capoeiraaltoastral.com/index.php?option=com_content&task=view&id=58&Itemid=67


http://www.redebrasileira.com/estados/alagoas/folgedos.asp


Músicas



Filhos Da Fonte

Caboclinho Caramuru

Dança guerreiro Uirapuru

Caboclinho flecha e tambor

Dança guerreiro bate agogô

Caboclinho tu vens de onde

Zumbi dos Coelhos filhos da fome

Caboclinho flecha e tambor

Dança guerreiro bate agogô

Caboclinho Caramuru

Dança guerreiroUirapuru

Caboclinho flecha e tambor

Dança guerreiro bate agogô

Caboclinho tu vens de onde

Zumbi dos Coelhos filhos da fonte

Caboclinho flecha e tambor

Dança guerreiro bate agogô

Lança confete

(Alessandra nº01, Íris nº10, Isabella nº11,

Letícia nº15, Letícia nº16, Marina nº24, Talita nº30)

Lança confete, lança serpentina

tá todo mundo, todo mundo lá em cima

Abre a avenida, abre o salão

pegue sua máscara que sou um folião

Sem tristeza, sem melancolia

dia e noite pegue sua fantasia

Lança confete, lança serpentina

tá todo mundo, todo mundo lá em cima

Se remexe, remexe no compasso

porque aqui, aqui não tem cansaço



Alagoas é o estado brasileiro que possui a maior diversificação em folguedos.

Possuem quatorze folguedos natalinos, dois folguedos de festas religiosas, quatro folguedos carnavalescos, quatro folguedos carnavalescos com estrutura simples, dois torés e três danças, totalizando vinte e nove folguedos e danças alagoanas.
O que diferencia o folguedo da dança "é o sentido de representação, ausente na dança e presente nos folguedos", segundo o folclorista Roberto Câmara Benjamim.Conheça aqui alguns dos nossos principais folguedos e danças.

http://www.grund.com.br/folcom_arq1.html


Bibliografia

BRANDÃO, Théo. O Auto dos Cabocolinhos. Revista do Instituto Histórico de Alagoas (separata). Maceió. 1952. 67p.


Folguedos Natalinos de Alagoas. Maceió: Departamento Estadual de Cultura, 1961. Folclore, caderno 9. 209p.

Grupos de Caboclinhas de Alagoas:
http://www.cultura.al.gov.br/portal-cultural/banco-de-elenco/cultura-popular/folguedos-e-autos/folguedos-carnavalescos/caboclinhas

http://www.geocities.com/polemicas_2000/ritmos/caboclinhos/caboclinhos.htm

http://www.onordeste.com.br/noticias/cculturaprincipal10.html


http://www.revivendomusicas.com.br/curiosidades_01.asp?id=136