sábado, 30 de maio de 2009

Pintura

Pintura


A pintura moderna apresenta uma diversidade artística nunca antes vista. Em conseqüência, trouxe muita polêmica. O real desejo era propor algo voltado para o Brasil, com influências européias sim, mas que procurasse personalizar a arte brasileira.
Em 1913, Lasar Segall fez, em São Paulo e em Campinas, a primeira mostra de arte moderna no Brasil. A repercussão foi nula. Anita estreou no ano seguinte, expondo quadros no estilo do expressionismo de Berlim, onde estudara. Segall também foi um seguidor dessa escola. Em 1915, em O Pirralho, Oswald prega a necessidade de uma pintura brasileira. Em 1917, o ano da Revolução Russa, Anita lançou, sem querer, a questão da arte moderna no Brasil. A mostra da pintora desencadeou o processo. Para Mário da Silva Brito, principal historiador do movimento, Anita foi o "estopim do modernismo". A exposição apresentava 53 trabalhos, muitos deles como: O Farol, O Japonês e O Homem Amarelo, executados nos Estados Unidos, onde Anita também estudara. São Paulo acolheu bem a mostra, comprou quadros, parecia entendê-los. Porém, Monteiro Lobato escreveu o artigo Paranóia ou Mistificação? para o Estado de S. Paulo em 20 de dezembro de 1917. Lobato referia-se à exposição de Anita Malfatti. A exposição e a repercussão provocada pelas severas críticas de Monteiro Lobato, impulsionou a organização dos artistas para criar a Semana de 22.
Para Mário de Andrade, a exposição de 1917 foi a revelação do novo: "Foi ela, foram seus quadros, que nos deram uma primeira consciência de revolta e de coletividade em luta pela modernização das artes brasileiras".




Letícia nº15 e Marina nº24

Nenhum comentário:

Postar um comentário