quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Histórico




Ciccillo e sua mulher Yolanda
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O MAC USP foi criado em 8 de abril de 1963, quando foi feita a
transferência das obras do Museu de Arte Moderna (MAM/SP) à Universidade de São Paulo, na gestão do reitor Ulhôa Cintra. Na herança do MAC USP além desse primeiro acervo, estão obras que vieram de coleções particulares, como a do Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho, Ciccillo, e de sua esposa D. Yolanda Penteado, bem como a doação de obras internacionais realizada pela Fundação Nelson Rockfeller e prêmios das Bienais Internacionais de São Paulo. Obteve reforços e estímulos através do MoMA de Nova York, inclusive com doações dos americanos de obras de artistas como: Alexander Calder, Max Ernest, Fernand Legér e Marc Chagall (doação de Nelson Rockfeller). Os conflitos entre a diretoria do MAM e Ciccillo levaram o empresário a doar seu acervo à Universidade de São Paulo, após a extinção do MAM, com a promessa de que o acervo ganharia sede própria no campus da cidade universitária. Os membros do conselho do MAM conseguiram reaver a sua personalidade jurídica e em 1969 o museu retomou suas atividades regulares na Marquise do Parque do Ibirapuera.
Em sua fase inicial, o museu funciona no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, onde são realizadas as Bienais.
Ao ser inserido na Universidade de São Paulo, o MAC passou a enriquecer a universidade, tendo um caráter educacional e formador, dirigido por professores universitários. Juntou-se a este acervo 26 obras da artista Yolanda Mohalvi e a coleção Theon Spanudis (364 obras). Seu primeiro diretor foi Walter Zanini. Em 1985, a diretora Aracy Amaral estimulou a criação dos Amigos do MAC USP (AAMAC) para arrecadação de fundos.É um dos mais importantes museus de arte moderna e contemporânea da América Latina. Seu acervo possui cerca de dez mil obras, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais, de mestres da arte do século XX como Picasso, Matisse, Miró, Kandinsky, Modigliani, Calder, Braque, Henry Moore, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Volpi, Brecheret, Flávio de Carvalho, Manabu Mabe, Antonio Dias e Regina Silveira, entre tantos outros.

A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, nas décadas posteriores à sua fundação. A contemporaneidade será a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas, colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do acervo do Museu. Já o século XXI chegou trazendo novos desafios. O Museu recebeu recentemente, por determinação judicial, a guarda e a administração provisória de 1478 obras da coleção do Banco Santos, que abrange um significativo conjunto de fotografias contemporâneas, cobrindo assim, uma lacuna no acervo da Instituição.
Com sede no Campus Central da USP (construída em 1985), além de seu espaço histórico no Pavilhão Ciccillo Matarazzo (MAC Ibirapuera), o MAC USP é espaço de pesquisa, de formação educacional e de informação, além de servir de laboratório à primeira experiência museológica brasileira voltada a produção contemporânea. Apesar de estar ligado à pesquisa universitária, o principal objetivo do Museu tem sido tornar a cultura acessível a todas as classes sociais. Assim, o MAC realiza exposições com obras de seu acervo, oferecendo ao público os mais variados recortes e amplas possibilidades de percursos e leituras pela arte moderna e contemporânea. Conta também com um permanente corpo de docentes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas científicas e cursos de graduação e pós-graduação.

Está prevista para maio de 2010 a mudança do MAC (Ibirapuera e Cidade Universitária) para um novo prédio (a antiga sede do Detran), espaço integrado ao Parque do Ibirapuera.



Referências:

Coleção MAC collection/ Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo –São Paulo -2003

Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo; Guia de Museus Brasileiros; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora da Universidade de São Paulo, 2000.

(Postado por Isabella nº11 e Letícia Piza nº 16 -6D)

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